
As árvores como os livros têm folhas
E margens lisas ou recortadas,
E capas (isto é copas) e capítulos
De flores e letras de oiro nas lombadas.
E são histórias de reis, histórias de fadas,
As mais fantásticas aventuras,
No pecíolo, no limbo, nas nervuras.
As florestas são imensas bibliotecas,
E até há florestas especializadas,
Com faias, bétulas e um letreiro
É evidente que não podes plantar
No teu quarto, plátanos ou azinheiras.
Para começar a construir uma biblioteca,
Basta um vaso de sardinheiras.
João Dias 6ºC nº14
A secóia
Ela é muito, muito velha,
Mas está bem conservada.
Ela é tão grande, tão grande,
Que não cabe nesta quadra.
6ºC nº3 Ana Rita
Nem sempre as folhas são
quem primeiro vê a luz.
Olhem esta magnólia,
que se cobriu de flores,
antes de se terem coberto
de folhas, os ramos nus…
6ºC nº13 João Tavares
A árvore de borracha
As árvores também se enganaram,
Não a somar ou a subtrair,
mas a florir!
Nem por isso ficam preocupadas.
Há sempre uma árvore de borracha,
Mesmo à mão,
Para apagar,
Os erros que dão!
6ºC nº8 Daniela
Folhagens
Há árvores de folhas persistentes
E outras, cujas folhas são caducas.
Mas o que me faz confusão,
É que andem nuas no Inverno
E vistam um sobretudo de folhas
No Verão!
6ºC nº5 André Rosado
Raízes
Quem me dera ter raízes,
Que me prendessem ao chão.
Que não me deixassem dar
Um passo que fossem em vão.
Quem me deixassem crescer
Silencioso e erecto,
Como um pinheiro de Riga,
Uma faia ou um abeto.
Quem me dera ter raízes,
Raízes em vez de pés.
Como o lodão, o aloendro,
O ácer e o aloés.
Sentir a copa vergar,
Quando passasse um tufão.
E ficar bem agarrado,
pelas raízes ao chão.
6ºC nº19 Wilson
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